O preenchimento facial pode ter resultado definitivo ou
temporário e ser realizado com material natural ou sintético. O procedimento é
de curta duração, assim o paciente acompanha todo o processo ativamente, opinando
e acompanhando os resultados.
Os preenchimentos faciais são indicados para melhoria do
contorno facial, aumento/projeção da maçã do rosto e da linha da mandíbula,
preenchimento de rugas e de sulcos nasogeniano . Também para aumento do mento
(queixo) e lábios, preenchimento da região temporal, e para preenchimento
facial em pacientes com lipodistrofia, paralisia facial, síndrome de Romberg,
deformidades, assimetria facial, afundamento craniano etc.
Durante décadas, muitas tentativas foram feitas para
preenchimento de depressões e cicatrizes, com o uso de implantes biológicos ou
artificiais. A maioria dos materiais biológicos são, entretanto, reabsorvidos
no período de um (1) ano.
Desde 1945, o uso do PMMA no campo médico é uma prática
comum. Essa substância é aplicada, por exemplo, em próteses dentárias,
implantes em costelas, cimento de ossos, lentes inter-oculares e material de
reparo para cirurgia crânio-facial. Por ser inerte e bio compatível, o implante
de PMMA foi ampla e positivamente discutido em muitos artigos científicos.
O polimetilmetacrilado (PMMA) foi sintetizado em 1902, mas
foi em 1936 que houve sua primeira utilização com fins de saúde, no caso, a
odontologia. Em 1940 o mesmo material foi manuseada para fechamento da calota
craniana. A partir daí, o PMMA passou a ter outras funções, de modo que há 24
anos foi descoberta sua aplicação para fins de preenchimento.
Atualmente, existem dezenas de estudos científicos
demonstrando a estabilidade, bio compatibilidade e provando ser um produto
inerte e não carcinogênico.
É verdade que o produto evoluiu muito nestes anos.
Partículas de PMMA vistas em um microscópio |
Estudos clínicos constataram que uma solução de 20% de
metacrilato com partículas regulares, de 40 micras, era o suficiente para
estimular 80% de tecido do próprio paciente. Este é um tecido conjuntivo rico
em colágeno que promove não apenas volume, mas uma melhoria na qualidade da
pele, diferentemente de outras substâncias preenchedoras, como o ácido
hialurônico, que promovemos um aumento volumétrico, mas sem estímulo tecidual
significativo.
Com esta evolução e regularização das partículas, em 1994 o
produto foi aprimorado nos EUA, o que diminuiu a incidência de granuloma de 3%
para menos de 0,01%. Em 2006, o PMMA foi purificado por meio da retirada de
nanoparticulas que ainda existiam, passando a ser liberado nos Estados Unidos
(EUA) como primeiro e único implante líquido definitivo reconhecido pelo FDA.
As microesferas de polimetilmetacrilato de 30-40 possuem
superfície totalmente livre de impurezas, o que garante que elas não sejam
fagocitadas e, além disso, que produzam pouca reação inflamatória.
Ao final de 2012, e início de 2013, permaneceram no mercado
apenas duas indústrias fabricantes no Brasil, e ambas passaram a ter a
qualidade no tamanho das partículas e pureza, promovendo maior efeito
volumerizador, além de um menor grau de inflamação e resultado mais natural e controle de qualidade rigoroso.
Seis meses após implantação.Tecido conjuntivo formado ao
redor das microesferas.
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O grande avanço que se obteve com o uso de microesferas de
PMMA está no fato de o implante permanecer definitivamente no local de
aplicação, sem potencial migratório, induzindo, ainda, mínima reação de corpo
estranho. Tal fenômeno ocorre devido ao fato de as esferas possuírem superfície
extremamente lisa, livre de impurezas e com ausência de cargas elétricas. Uma
vez implantadas, elas são encapsuladas pelas fibras colágenas do hospedeiro,
impedindo que estas sejam fagocitadas e prevenindo o seu deslocamento. O
tamanho das microesferas também é suficientemente grande para que elas não
sejam fagocitadas.
Veja algumas dúvidas frequentes:
O PMMA migra?
Não, ele não migra. Pacientes que realizam bioplastia em
glúteos, por exemplo, podem sentar logo após o procedimento, e o glúteo não
"achata".
O resultado é permanente?
Sim, permanente. A idéia não é retirar, apenas colocar, por
isso se houverem dúvidas, existem opções de produtos absorvíveis. Embora o
resultado seja previsível, uma vez que o paciente pode ficar acordado e
acompanhando o procedimento, inclusive participando e opinando quanto ao
resultado.
O produto implantado pode ser retirado?
A retirada do ácido hialurônico é realizada facilmente com
aplicação de uma enzima chamada hialuronidase. No caso do PMMA a retirada é
difícil, mas não impossível, existem substâncias que diminuem o volume do
produto, mas não o retiram. Para retirá-lo, pode ser aspirado ou por método
cirúrgico, embora ainda não tivemos problemas quanto a isso.
Pode dar rejeição?
Com PMMA não. Essa substância é utilizada como matéria prima
na medicina há mais de 70 anos, e como preenchedor há mais de 25 anos. Hoje no
Brasil, existem apenas duas (2) industrias com registro na ANVISA para produção
do metacrilato, e ambas nos últimos anos, com controle rigoroso, possuem
qualidade superior e ambas com partículas de PMMA de superfície lisa sem
irregularidades ou impurezas.
Como posso diferenciar os produtos (Silicone líquido x
PMMA)?
Antes da aplicação a diferença é grande, pois o SILICONE É
INCOLOR e o PMMA POSSUI COLORAÇÃO BRANCA.
As seringas de metacrilato são de 1 ou 3 ml e possuem o lote impresso,
juntamente com a validade (impresso em cada seringa). Não se intimide para
questionar e pedir para conferir as seringas antes da aplicação, e também
depois da aplicação, possibilitando também verificar se o profissional
realmente colocou o volume combinado. Após a aplicação, existe uma diferença na
textura da pele, pois o silicone fica mais superficial, pode migrar, e o PMMA
fica profundo, intramuscular. Esses indícios podem ser identificados por um
exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética), realizada por um médico
experiente ou, então, por um miniaspirado com microscopia, visto que a
diferença microscopicamente é grande.O procedimento para região corporal (maior
volume) possui um custo elevado em material (PMMA) por isso, alguns se
aventuram a utilizar produtos sem registros, mas o custo é alto para o paciente
que se submete a estes.
Com o uso de microcanulas para aplicação, o risco de qualquer problema relacionado a necrose, reduziu-se a zero porque não existe relatos de casos recentes de necrose relacionado a aplicação de PMMA.
As microcanulas tem a ponta arredondada minimizando riscos |
As microcânulas são um tipo de agulha mais longa, sem ponta e que possui 40 x 0,8mm. A abertura por onde o produto é liberado fica logo acima da do seu final e não permite que ela “rasgue” os tecidos nem rompa os vasos, sendo, portanto, atraumática. Sem o risco de tais lesões, a microcânula libera o produto no caminho de volta do seu percurso, de modo que ao ser removida a região tratada fique devidamente preenchida.
A característica da microcânula evita acidentes intravasculares, da mais segurança à aplicação, preserva tecidos nobres e colabora nos resultados de um preenchimento. Tem boa aceitação pelos pacientes e mostra redução de efeitos adversos.
Algumas fotos antes e depois imediato...
Algumas fotos antes e depois imediato...
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